O PARLAMENTO ESTÁ DE FOLGA A TRÊS SEMANAS DO RECESSO E SEM VOTAR REGULAMENTAÇÃO DA REFORMA, ENQUANTO O PAÍS É PENSADO NA EUROPA
Artur Lira e Ciro Nogueira são presenças confirmadas no Fórum Jurídico de Lisboa. O Parlamento em semana de folga, a três semanas do recesso, para que o país seja pensado na Europa; o restante do Congresso pulando as fogueiras de São João. E há um compromisso de votar as regulamentações da reforma tributária até 18 de julho.
Ninguém reclamará das comissões atropeladas e dos regimes de urgência, afinal aprovado texto desconhecido enquanto se o metem ainda mais contrabandos. Lira quer uma marca para sua gestão. Gostaria que fosse uma reforma tributária. Será a instituição do orçamento secreto.
Daí a sugestão. Veja em Lisboa para o que os maledicentes chamam de Gilmarpalooza, Lira e Nogueira poderiam por mesa – faltaria apenas Alcolumbre – sobre a constituição e a operação do orçamento secreto. Diante de alguns ministros do Supremo, explicariam a natureza-engenharia de arreganho que você tomou decisão do tribunal e conseguiu – política de Estado – transitar de Bolsonaro a Lula sem maiores solavancos.
O capeta se foi. A picanha voltou. A democracia está garantida por Xandão. E o orçamento secreto continua. E continua a Codevasf, sob o mesmo comando de quando os golpistas nos acossavam. Não deixa de ser expressão da estabilidade-resistência da nossa República.
Manchete do Estadão para reportagem de Daniel Weterman: “Governo Lula paga R$ 7 bilhões do orçamento secreto de Bolsonaro sem conformidades decisão do STF.” São restos a pagar, que a turma da fabricação distribui como fazia na Casa Civil de Ciro Nogueira. Sem transparência – desconhecidos os patronos das emendas – e autoritariamente, grana somente às paróquias dos amigos dos donos do Parlamento.
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